Exposições para ver em março em São Paulo

Como a Piscina se dedica a pesquisar e divulgar o trabalho de mulheres artistas e pessoas que se identificam como mulheres há quase uma década, nunca fizemos um conteúdo especial no mês de março. Contudo, muitas boas exposições dedicadas a mulheres abriram ou estão marcadas para abrir este mês, como é o caso da Pinacoteca, que inaugurou uma importante panorâmica de Lygia Clark, que reúne mais de 150 obras que vão desde os anos 1950 até proposições dos anos 1980 (você pode ver um pouco de como foi a visita da Piscina à mostra aqui), além da individual de Salisa Rosa que abriu ao público no último final de semana, na Pina Contemporânea. Assim, como há tempos o editorial aqui do site não era atualizado, selecionamos três exposições em galerias dedicadas a artistas mulheres que abrem este final de semana em São Paulo e que valem a visita:

Celeida Tostes
Vênus Ancestral

Galeria Superfície

abertura 23 de março, 11h–17h
exposição 23 de março –8 de maio

A galeria Superfície apresenta Vênus Ancestral, primeira individual dedicada ao trabalho de Celeida Tostes em São Paulo. Com texto de Pollyana Quintella, a mostra retoma a importante trajetória da artista que dedicou a vida ao diálogo entre arte e educação, ampliando o pensamento no campo da escultura. Com uma trajetória que desafia a dinâmica do mundo da arte, Celeida Tostes usava de seu fazer artístico como ferramenta de transformação social, levando o trabalho para além da performance individual ou da construção do objeto. Clique para saber mais.

Asuka Anastacia Ogawa
Melinha

Nara Roesler

abertura 23 de março, 11h–15h
exposição 23 de março–12 de maio

A Nara Roesler São Paulo apresenta Melinha, primeira exposição individual de Asuka Anastacia Ogawa (1988, Tóquio, Japão) no Brasil, que reúne uma seleção de treze pinturas desenvolvidas pela artista especialmente para a ocasião. A diversidade cultural que permeou os anos de formação de Ogawa teve grande impacto em sua produção artística, que incorpora diferentes referências visuais, crenças e tradições. Sobre fundos monocromáticos e vibrantes, suas pinturas oníricas retratam figuras andróginas com rostos cuidadosamente construídos e olhos amendoados que parecem mirar para além dos limites da tela. As imagens retratadas por Ogawa remetem, sobretudo, à sua ancestralidade japonesa e afro-brasileira. Clique para saber mais.

Tatiana Chalhoub
Crack of dawn, romper o dia

Fortes D'Aloia e Gabriel

abertura 23 de março, 14h–18h
exposição 23 de março–12 de maio

A Fortes D’Aloia e Gabriel apresenta a Crack of down, primeira exposição individual de Tatiana Chalhoub em São Paulo. A produção de Chalhoub é estruturada segundo os parâmetros técnicos e formais da pintura e extrapola o plano bidimensional por meio da cerâmica, em relevos de superfície acidentada. A sua técnica incorpora o acaso e a imprevisibilidade da prática de ateliê, projetando soluções pictóricas a partir de quebras, ruídos e desvios de processo. Peças de acetato, cacos de cerâmica, retalhos de tela, fragmentos e resíduos são processados em reinterpretações da natureza, da história da arte ou de anotações mentais, reunindo pedaços díspares num mundo marcado por matizes líquidos e tons aquáticos. 
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